quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

GESTÃO ESCOLAR: EM BUSCA DE DEMOCRACIA

As mudanças vividas na atualidade (décadas de 80 e 90) em nível mundial, em termos econômicos, sociais e culturais, com a transnacionalização da economia e o intercâmbio quase imediato de conhecimentos e padrões sociais e culturais, através das novas tecnologias da comunicação, entre outros fatores, têm provocado uma nova atuação dos Estados nacionais na organização das políticas públicas, por meio de um movimento de repasse de poderes e responsabilidades dos governos centrais para as comunidades locais. Na educação, um efeito deste movimento são os processos de descentralização da gestão escolar, hoje percebidos como uma das mais importantes tendências das reformas educacionais em nível mundial (Abi-Duhou, 2002) e um tema importante na formação continuada dos docentes e nos debates educacionais com toda a sociedade.


Para entendermos melhor uma gestão democrática é necessário observarmos o sentido da palavra democracia e sua origem. A palavra DEMOCRACIA vem do grego (demos, povo; kratos, poder) e significa poder do povo. Não quer dizer governo pelo povo. Pode estar no governo uma só pessoa, ou um grupo, e ainda tratar-se de uma democracia - desde que o poder, em última análise, seja do povo. O fundamental é que o povo escolha o indivíduo ou grupo que governa, e que controle como ele governa.

O grande exemplo de democracia, no mundo antigo, é Atenas, especialmente no século 5 a.C. A Grécia não era um país unificado, e portanto Atenas não era sua capital, o que se tornou no século 19. O mundo grego, ou helênico, se compunha de cidade independente.

Inicialmente eram governadas por reis - assim lemos em Homero. Mas com o tempo ocorre uma mudança significativa. O poder, que ficava dentro dos palácios, oculto aos súditos, passa à praça pública, vai para tó mésson, "o meio", o centro da aglomeração urbana. Adquire transparência, visibilidade. Assim começa a democracia: o poder, de misterioso, se torna público, como mostra Vernant. Em Atenas se concentrava esse novo modo de praticar - e pensar - o poder. Assim procura-se mostrar na escola procura-se uma democracia coerente que não se distancie do sentido palavra original.
Como a tendência de gestão democrática é vivida nas escolas e nos sistemas educacionais? Quais são as diferentes possibilidades de vivenciar processos de descentralização e autonomia nas escolas e nos sistemas? Que desafios precisam ser enfrentados, considerando uma tradição autoritária e centralizadora, comum em tantos países, dentre eles o Brasil? De que modo oportunizar a participação da comunidade educativa, a partir da diversidade dos diferentes atores sociais? Qual a relação entre democratização da escola e qualidade de ensino? O que se entende por gestão democrática na educação? Essas são algumas das preocupações que surgem quando se busca implementar processos de descentralização e autonomia no campo da educação.

A gestão democrática da educação formal está associada ao estabelecimento de mecanismos legais e institucionais e à organização de ações que desencadeiem a participação social: na formulação de políticas educacionais; no planejamento; na tomada de decisões; na definição do uso de recursos e necessidades de investimento; na execução das deliberações coletivas; nos momentos de avaliação da escola e da política educacional. Também a democratização do acesso e estratégias que garantam a permanência na escola, tendo como horizonte a universalização do ensino para toda a população, bem como o debate sobre a qualidade social dessa educação.

Esses processos devem garantir e mobilizar a presença dos diferentes atores envolvidos, que participam no nível dos sistemas de ensino e no nível da escola (Medeiros, 2003). Esta proposta está presente hoje em praticamente todos os discursos da reforma educacional no que se refere à gestão, constituindo um "novo senso comum", seja pelo reconhecimento da importância da educação na democratização, regulação e "progresso" da sociedade, seja pela necessidade de valorizar e considerar a diversidade do cenário social, ou ainda a necessidade de o Estado sobrecarregado (Barroso, 2000) "aliviar-se" de suas responsabilidades, transferindo poderes e funções para o nível local.

Em nível prático, encontramos diferentes vivências dessa proposta, como a introdução de modelos de administração empresariais, ou processos que respeitam a especificidade da educação enquanto política social, buscando a transformação da sociedade e da escola, através da participação e construção da autonomia e da cidadania. Falar em gestão democrática nos remete, portanto, quase que imediatamente a pensar em autonomia e participação. O que podemos dizer sobre esses dois conceitos, já que há diferentes possibilidades de compreendê-los?
Pensar a autonomia é uma tarefa que se apresenta de forma complexa, pois se pode crer na idéia de liberdade total ou independência, quando temos de considerar os diferentes agentes sociais e as muitas interfaces e interdependências que fazem parte da organização educacional. Por isso, deve ser muito bem trabalhada, a fim de equacionar a possibilidade de direcionamento camuflado das decisões, ou a desarticulação total entre as diferentes esferas, ou o domínio de um determinado grupo, ou, ainda, a desconsideração das questões mais amplas que envolvem a escola.
Um outro conceito importante é o da participação, pois também pode ter muitos significados, além de poder ser exercida em diferentes níveis. Podemos pensar a participação em todos os momentos do planejamento da escola, de execução e de avaliação, ou pensar que participação pudesse ser apenas convidar a comunidade para eventos ou para contribuir na manutenção e conservação do espaço físico.

Portanto, as conhecidas perguntas sobre "quem participa?", "como participa?", "no que participa?", "qual a importância das decisões tomadas?" devem estar presentes nas agendas de discussão da gestão na escola e nos espaços de definição da política educacional de um município, do estado ou do país.

Quais são os instrumentos e práticas que organizam a vivência da gestão escolar? Em geral, esses processos mesclam democracia representativa - instrumentos e instâncias formais que pressupõem a eleição de representantes, com democracia participativa - estabelecimento de estratégias e fóruns de participação direta, articulados e dando fundamento a essas representações.

Alguns autores, como Padilha (1998) e Dourado (2000), defendem a eleição de diretores de escola e a constituição de conselhos escolares como formas mais democráticas de gestão. Outro elemento indispensável é a descentralização financeira, na qual o governo, nas suas diferentes esferas, repassa para as unidades de ensino recursos públicos a serem gerenciados conforme as deliberações de cada comunidade escolar. Estes aspectos estarão conformados na legislação local, nos regimentos escolares e regimentos internos dos órgãos da própria escola, como o Conselho Escolar e a ampla Assembléia da Comunidade Escolar.

Para funcionar em uma perspectiva democrática, segundo Ciseki (1998), os Conselhos, de composição partidária, devem respaldar-se em uma prática participativa de todos os segmentos escolares (pais, professores, alunos, funcionários). Para tal, é importante que todos tenham acesso às informações relevantes para a tomada de decisões e que haja transparência nas negociações entre os representantes dos interesses, muitas vezes legitimamente conflitantes, dos diferentes segmentos da comunidade escolar. Os conselhos e assembléias escolares devem ter funções deliberativas, consultivas e fiscalizadoras, de modo que possam dirigir e avaliar todo o processo de gestão escolar, e não apenas funcionar como instância de consulta.

Em seu projeto político-pedagógico, construído através do planejamento participativo, desde os momentos de diagnóstico, passando pelo estabelecimento de diretrizes, objetivos e metas, execução e avaliação, a escola pode desenvolver projetos específicos de interesse da comunidade escolar, que devem ser sistematicamente avaliados e revitalizados. A gestão democrática da escola significa, portanto, a conjunção entre instrumentos formais - eleição de direção, conselho escolar, descentralização financeira - e práticas efetivas de participação, que conferem a cada escola sua singularidade, articuladas em um sistema de ensino que igualmente promova a participação nas políticas educacionais mais amplas, esperando que através disto tenha-se uma escola mais participativa, menos autoritária e mais democrática.

REFERÊNCIAS




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F
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— ( 2003): Política e educação: ensayos, 7.ª ed. São Paulo: Cortez.
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LÍBÂNEO, José Carlos. Educação Escolar: política, estrutura e organização. São Paulo: Cortez, 2003.

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PERRENOUD, Philippe. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens. Entre duas lógicas. Porto Alegre: Artes médicas Sul. 1999.

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RABELO, Edmar Henrique – Avaliação: Novos tempos, novas práticas. 6ª. edição: Petrópolis,: Editora Vozes, Rio de Janeiro, 1998.

VASCONCELLOS, Celso dos Santos – Planejamento de ensino. Aprendizagem e projeto político-pedagógico. Cadernos pedagógicos do Libertad – 9ª. edição

ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR SOBRE O OLHAR HOLÍSTICO

ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR SOBRE O OLHAR HOLÍSTICO
Robson Luiz Felix Figueredo
Resumo
Este estudo tem como propósito refletir sobre a admnistração escolar segundo o olhar da teoria dos sistemas, o qual é apresentado a administração educacional sob um olhar holistico ao qual o contexto cultural nos conduz de forma a esclarecer as diversas maneiras de olhar essa atuação no sistema educacional vigente.
Palavras-chave: administração escolar - holístico
1. Introdução

O administrador escolar atua junto ao corpo docente e discente das instituições de ensino, coordenando as práticas pedagógicas, bem como acompanhando o desenvolvimento do currículo, é o responsável legal e administrativo pelo estabelecimento. De um modo geral tem a função de diretor da intituição. Administração escolar é uma especialidade do pedagogo, que pode ser obtida no Brasil através de cursos de habilitação, incorporada ou não à licenciatura em pedagogia, ou através de especialização. O administrador escolar atua junto ao corpo docente e discente das instituições de ensino, coordenando as práticas pedagógicas, bem como acompanhando o desenvolvimento do currículo, é o responsável legal e administrativo pelo estabelecimento..
2. Administração escolar sobre o olhar holistico
Segundo a Teoria geral dos sistemas a ênfase é da de `inter-relação e interdepêndencia entre os componentes que formam um sistema no qual é visto como uma totalidade integrada, sendo impossivel estudar seus elementos isoladamente. percebemos com isso que a administração escolar sendo uma atuante diannte dos professores e das instituições tem a necessidade de manter-se de forma holística ao qual possa contribuir de maneira atuante e eficaz no sistema de ensino e aprendizagem.
A palavra “holismo” vem do grego “holos” que significa “todo”, “inteiro”, “completo”, e é usada para designar um modo de pensar, ou considerar a realidade, segundo a qual nada pode ser explicado pela mera ordenação ou disposição das partes, mas antes pelas relações que elas mantém entre si e com o próprio todo. As realidades poderiam ser entendidas em dois estágios: o primeiro seria o “todo" e este, por sua vez, seria composto por partes distintas porém inter-relacionadas, apenas compreensíveis dentro do contexto do “todo”.

Em 1926 a palavra “holismo” foi empregada por Jan Christian Smuts em seu livro “Holism and Evolution” (Holismo e Evolução), porém com uma definição bem mais abrangente do que a empregada atualmente. Mas o holismo só tomou força a partir da década de 80 quando passou a ser empregado para tentar explicar um novo paradigma que deveria ser empregado a fim de anular os diversos distúrbios causados pelo homem na natureza. Por isso, o holismo é freqüentemente associado a discursos ambientalistas.
Na educação o holismo é empregado numa junção de compreensão conjunto integrado e totalitário de compreensão do indivíduo, pois segundo ARÁOZ a observação cotidiana da realidade de nossa sociedade que uma das carências superestruturais da nação brasileira é uma liderança apoiada em valores que se cultuem em toda sociedade desde a tenra idade.
Segundo a mesma autora uma posição Holística que ilumine a visão é missão de uma organização educacional poderá ser impulsionadora de resultados a médio e longo prazo significativos para a comunidade uma possibilidade de integrar a administração escolar juntamente com a teoria a teoria holística permitindo que haja um instrumento para melhor instrumentalizar uma educação como a brasileira que viveu sob o olhar autoritário e incompreensível das instituições que a regem desde seu início.
Enfim somente depois de compreender realmente a verdadeira missão do administrador institucional que possui uma visão holística é que poderemos compreender de forma clara e consciente sua missão no âmbito de dirigente da escola, pois o mesmo tem uma função rica e eficaz e precisa colocar-se de forma holística que trate as pessoas que compõem o sistema escolar de forma humanizadora para um futuro melhor e mais consciente na sociedade.
3 .Referências
Acessado em 06 de março de 2009 http://www.infoescola.com/filosofia/holismo-holistico/

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Gestão Escolar

DEMOCRACIA, DIREITOS HUMANOS E ESTATUTO DO IDOSO: EM DIREÇÃO A UMA SOCIEDADE PARA TODAS AS IDADES.
O Brasil é um país que envelhece a passos largos. No início do século XX, um brasileiro vivia em média 33 anos, ao passo que hoje sua expectativa de vida ao nascer constitui 68 anos (Veras, 2003). Esse autor ressalta também que,em nosso país, o número de idosos passou dos dois milhões, em 1950, para seis milhões em 1975 e, para 15,4 milhões, em 2002, significando um aumento de 700%. Estima-se, ainda, para 2020, que esta população alcance os 32 milhões.
Cabe destacar que, em todo o mundo, a população idosa está envelhecendo,intensificando a heterogeneidade dentro do próprio grupo etário.Conforme Camarano (2002), as proporções da população “mais idosa”, ou seja, as de oitenta anos e mais, no total da população brasileira, está aumentando em ritmo bastante acelerado, embora ainda represente um contingente pequeno. De 166 mil pessoas em 1940, o segmento “mais idoso” passou para quase 1,9 milhões em 2000. Tal mudança demográfica se deve a vários fatores: o controle de muitas doenças infecto-contagiosas e potencialmente fatais, sobretudo a partir da descoberta dos antibióticos, dos imunobiológicos e das políticas de vacinação em massa;diminuição das taxas de fecundidade; queda da mortalidade infantil, graças à ampliação de redes de abastecimento de água e esgoto e da cobertura da atenção básica à saúde;acelerada urbanização e mudanças nos processos produtivos, de organização do trabalho e da vida (Minayo, 2000).

As discussões sobre o envelhecer  tornam-se urgentes porque na etapa da velhice existe um processo de expropriação de autonomia. Exercer a cidadania é um direito também do idoso. Significando liberdade e condição de se relacionar com as pessoas de modo igualitário, a autonomia é fundamental para o exercício da cidadania.
 A propagação do fenômeno envelhecimento e de suas questões foi inicialmente promovida pelas organizações internacionais (Organização Mundial da Saúde e organização das Nações Unidas) que tiveram papel fundamental na análise e comunicação do impacto do envelhecimento sobre os países em desenvolvimento na tentativa de estimulá-los a adotarem medidas para o enfrentamento dessa realidade. Entre essas medidas, duas tinham destaque especial: no campo da  saúde, fomentar o envelhecimento saudável e, no campo social, lutar pelo envelhecimento com direitos e dignidade (WIKIPÉDIA – Enciclopédia livre. Disponível em:, wikipedia.org/wiki/Portal:%C3%8Dndice> Acesso 10 de julho. de 2009) Nesse sentido surgiu  o estatuto do idoso quem tem como função uma maior conscientização por parte da sociedade brasileira sobre o s direitos democráticos da pessoa com mais idade.
Sendo assim, o estatuto vem para equalizar situações de desequilíbrios e injustiças que envolvem os idosos. Porém, o mais importante, em relação ao estatuto do idoso é que ele  seja colocado na prática e para isso, deve ser de conhecimento dos idosos e de toda a sociedade.





Envelhecimento

O Brasil é um país que envelhece a passos largos. No início do século XX, um brasileiro vivia em média 33 anos, ao passo que hoje sua expectativa de vida ao nascer constitui 68 anos (Veras, 2003). Esse autor ressalta também que,em nosso país, o número de idosos passou dos dois milhões, em 1950, para seis milhões em 1975 e, para 15,4 milhões, em 2002, significando um aumento de 700%. Estima-se, ainda, para 2020, que esta população alcance os 32 milhões.
Cabe destacar que, em todo o mundo, a população idosa está envelhecendo,intensificando a heterogeneidade dentro do próprio grupo etário.Conforme Camarano (2002), as proporções da população “mais idosa”, ou seja, as de oitenta anos e mais, no total da população brasileira, está aumentando em ritmo bastante acelerado, embora ainda represente um contingente pequeno. De 166 mil pessoas em 1940, o segmento “mais idoso” passou para quase 1,9 milhões em 2000. Tal mudança demográfica se deve a vários fatores: o controle de muitas doenças infecto-contagiosas e potencialmente fatais, sobretudo a partir da descoberta dos antibióticos, dos imunobiológicos e das políticas de vacinação em massa;diminuição das taxas de fecundidade; queda da mortalidade infantil, graças à ampliação de redes de abastecimento de água e esgoto e da cobertura da atenção básica à saúde;acelerada urbanização e mudanças nos processos produtivos, de organização do trabalho e da vida (Minayo, 2000).